Toda a gente conhece os portáteis Magalhães e a net tem bastantes bons recursos e artigos sobre ambas as versões que foram disponibilizadas para os alunos de Portugal.
Actualmente ainda uso o Magalhães 2 e na verdade tem as suas virtudes. Segue então uma pequena descrição das modificações que fiz neste netbook:
Guia de upgrade para o Magalhães 2:
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Processador:
Os primeiros Magalhães 2 foram distribuídos com o processador Intel Atom N450, sendo que modelos posteriores têm o Intel Atom n455. A grande direfença reside no facto de o N455 suportar memória DDR3, como explicado mais adiante. O Intel Atom n455 é marginalmente mais rápido devido ao facto do Bus de comunicação com a memória ter uma velocidade de relógio mais elevada. No entanto o N450 é ligeiramente melhor em termos de autonomia de bateria. Em certos "benchmarks" as diferenças são diminutas e por vezes contraditórias. Para verificar qual o processador que o seu Magalhães 2 possui experimente o atalho de teclado "windows key"+"Pause Break".
Memória:
Provavelmente o upgrade mais importante para o Magalhães 2 consiste em adicionar mais memória RAM, passando de 1GB para 2GB. No entanto, é necessário confirmar qual a versão do Magalhães 2 que está a utilizar, visto que existem dois diferentes processadores existentes. O processador original é um Intel Atom n450 que utiliza memória DDR2. O processador utilizado nos Magalhães 2 mais recentes é o Intel Atom n455 que utiliza memória DDR3. Como o Magalhães 2, tal como a maioria dos netbooks da altura, apenas tem um slot de memória disponível, terá de ser efectuada a substituição do SODIMM de 1GB por um de 2GB. No caso da DDR3 utilizada nos modelos com processador Intel Atom n455, é necessário verificar se a memória é compatível, visto que existem várias memórias DDR3 que não são reconhecidas pelo sistema. No caso de se tratar de um processador N450 existem também diferenças nas memórias, sendo algumas mais rápidas que outras.
Disco Rígido:
O disco rígido do Magalhães 2 tinha originalmente a capacidade de 160GB, sendo que os modelos posteriores tinham 250GB. Tratam-se ambos de modelos SATA II a 5400rpm. O update para um disco maior provoca também um ligeiro aumento de velocidade, mesmo que não seja um HD a 7200rpm, visto que um disco com maior capacidade é também normalmente mais rápido. Um disco SSD é uma boa opção, tanto ao nível de velocidade como de poupança de bateria. No entanto, para além do preço existe também a limitação ao nível do aproveitamento de toda a velocidade do disco SSD, visto que a maior parte destes discos possui atualmente o padrão SATA III que não pode ser utilizado pelo Magalhães 2.
Touchpad:
Multi-touch driver: Synaptics Touchpad v.7.2. Esta versão do driver para o Magalhães 2 permite multi-gestures, ou seja, permite que sejam usados mais do que um dedo simultaneamente. Uso este driver do touchpad para poder efectuar zoom através de dois dedos a afastar (género smartphone). É também possível configurar uma aplicação para ser iniciada através da ação de premir três dedos em simultâneo no touchpad, o que é muito útil programas que são abertos frequentemente (p.ex. Browser ou bloco de notas).
Aqui está um artigo bastante útil.
Placa gráfica:
A melhor forma de fazer um update ao sistema gráfico do Magalhães 2 consiste na substituição da placa wireless por uma aceladora gráfica. Driver Sherry - Este driver, acessível
aqui, é um pouco mais rápido no que toca ao desempenho gráfico, sem comprometer a autonomia da bateria.
Ainda relativamente à placa gráfica do sistema, visto tratar-se de um sistema Intel, é possível usar uma combinação de teclas para mudar a orientação do ecrã (ex. Ctrl+Alt+cursora_direita para passar o ecrã para vertical e Ctrl+Alt+cursora_para_cima para voltar ao normal). Tendo o Magalhães uma pega, se instalarmos um utilitário chamado EeeRotate podemos utilizar o Magalhães na vertical continuando a usar o touchpad normalmente. Costumo fazer isto pegando no portátil apenas com a mão esquerda (com a ajuda da pega) e usando o touchpad com o polegar da mão direita. É especialmente útil no ensino e na formação, quando se usa um quadro de escrever ao mesmo tempo, servindo o Magalhães como "Bloco de Notas".
Visualização de vídeos:
O Magalhães 2 é notoriamente fraco no que toca à visualização de vídeos, particularmente se estivermos a visualizar vídeos HD (720p ou 1080p). Uso o VLC Media player com resultados bastante satisfatórios. Quando se pretende visualizar vídeos em streaming (p.ex. youtube) o Magalhães "empaca" constantemente, principalmente se se tratar de um vídeo com alta qualidade. A forma que encontrei de contornar o problema passa por copiar os endereços (URL) do youtube e visualizá-los no VLC (usar ctrl+v como atalho de teclado no VLC para uma forma rápida de abrir o endereço de streaming. Se se tratar de um vídeo HD, mesmo com 2gb de RAM no sistema convém fechar todas as aplicações abertas para usufruir de um "playback" sem soluços.
Sistema operativo:
O Magalhães 2 foi sempre entregue com dois sistemas operativos instalados: O Windows 7 versão profissional e o Linux Caixa mágica. Posso dizer, por experiência própria, que é possível reinstalar o Windows 7 noutra língua (no meu caso o Inglês) e activar legalmente o Windows através do Serial Key presente no selo colado na parte de baixo do portátil.
Experimentei igualmente o Windows 10, mas tive problemas ao nível dos drivers. O ajuste de luminosidade do ecrã deixou de funcionar e trata-se no meu ponto de vista de uma funcionalidade muito importante visto que é através dela que podemos "esticar" a autonomia da bateria quando trabalhamos em ambiente menos iluminados. Também o sensor de luminosidade automática do Magalhães não funcionou no Windows 10, tal como o sensor de proteção do disco rígido (que deteta movimentos bruscos do portátil protegendo assim os nossos dados de ficarem corrompidos).
Realizei diversas optimizações ao Windows 7, basta realizar pesquisas no Google descobrir imensos truques que tornam o SO menos pesado e mais funcional.
Bateria:
É perfeitamente possível obter mais de seis horas de autonomia do Magalhães 2, dependendo como é óbvio do tipo de utilização e das configurações. Para ver qual o estado de conservação da bateria utilizo um utilitário chamado HW32 (que permite ter uma noção de todo o hardware instalado num computador). Na secção de informações sobre a bateria este software apresenta um valor chamado "Wear level" que nos indica qual a percentagem da bateria que já se encontra danificada.
Para obter mais autonomia da bateria, além de ser útil ter o sistema operativo optimizado, sem processos a correr no "background", a luminosidade do ecrã é dos fatores mais decisivos. Usar rede com fios e desligar o wifi também tem algum impacto.
Teclado:
O teclado do Magalhães é compatível com outros teclados e netbooks da mesma altura, como por exemplo o teclado utilizado no Acer one. Existem mais de um modelo utilizado, sendo que uns possuem um "clique" mais pronunciado (os meus favoritos). Para saber como substituir o teclado do Magalhães 2 vejam este vídeo do youtube.
Curiosidades:
O Magalhães 2, quando aberto, possui pregas na parte inferior do ecrã, dos dois lados, formadas pela "cobertura azul" que vai até à pega. O espaço formado por estas pregas pode ser usado para guardar canetas (desde que suficientemente finas) mesmo quando fechamos o portátil.
A moldura na parte inferior esquerda do ecrã tem um íman que é usado pelo mecanismo que deteta que o ecrã foi fechado. Uso este íman para segurar as minhas chaves (o porta chaves é ferroso) para não me esquecer delas, mas qualquer material metálico/ferroso pode ser "segurado" ali.
A "capa azul", na parte inferior do Magalhães, no meio das fixações em velcro, pode ser usada para guardar cartões de visita ou até um pequeno bloco de apontamentos.
